O ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, denunciou na manhã desta sexta-feira o uso ilegal do sistema Guardião (utilizado pela secretaria para escutas telefônicas utilizadas judicialmente) para pressionar e chantagear políticos no Estado. O esquema teria sido articulado dentro da própria Secretaria de Segurança. Após um encontro com o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, o ex-ouvidor relatou que pelo menos duas pessoas foram alvo de espionagem. Paiani disse ainda que recebeu provas da espionagem ilegal logo depois do carnaval e que elas serão divulgadas no balanço de sua gestão.Ele se reunirá ainda hoje com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para discutir o tema. “O Guardião hoje está sendo usado de forma totalmente indevida e ilegal. Isso as pessoas há muito tempo sabem, mesmo que neguem publicamente, mas têm medo ou não têm condições de provar isso, coisa que agora eu tenho”, declarou Paiani.
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