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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Carência

Falta algo: 
um sossego, 
um chamego, 
algum papo bom, 
uma companhia que me faça rir, 
alguém que saiba ouvir,
horas de sono,
menos deveres,
mais prazeres...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DESABAFO

Hoje consegui assimilar porque tenho tantos bloqueios emocionais. Embora tenha sido filha única por muito tempo, a bonitinha, fofinha e exemplar da família, nunca consegui a aprovação necessária. O que eu fazia era sempre o mínimo e poderia render mais...

Minha festa de 15 anos não foi festa; não debutei; não curti a festa de casamento - e ainda sou responsável porque minha irmã não teve festa de 1º aniversário -; a primeira gravidez e o nascimento do bebê foram cheios de "deveria ser de outra maneira"; não houve festa na minha formatura; a separação foi uma vergonha familiar; a 2ª gravidez outra; decidir morar noutra cidade pra fazer o que EU queria, aos 41 anos, foi motivo para fogueira; a decisão de vida tomada pelo meu filho - da qual me orgulho muito - é absurda (por culpa minha) ou de fundo religioso (por bênção divina, óbvio)...

Nunca fui uma mãe doce; não sei ser melosa com as pessoas, especialmente as mais chegadas, e muitas vezes me condeno por isso. Por outro lado, sofro de Síndrome de Burnout, faço tratamento com ansiolíticos e terapia. Sou muito bem resolvida quanto ao que quero na minha vida. Tenho certeza que detesto qualquer pessoa dando pitaco, como não quero ser responsável pela felicidade de ninguém. Não há nada que mais me estresse que dar satisfação, seja a quem for, pela razão que for. Odeio ser controlada! Também não quero dirigir, controlar, orientar mais que o necessário e sonho com o dia em que só farei o que tiver vontade...

A pergunta que não cala: até quando essas coisas me perturbarão, perseguirão e tirarão minha paz?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Voo Livre

Viver a liberdade
Soltar as amarras
Deixar ir
Escolher
Dizer SIM ou NÃO
Fazer com gosto
Despir o passado
Saborear o momento...
Sol no rosto,
cabelo ao vento,
estrada adiante,
passos à frente,
algum retrocesso,
pausa e repouso,
retomar as rédeas
e seguir...
Sem dores, sofrimentos,
amarguras, cobranças,
ressentimentos...
Todo dia, tudo renasce
e opto por SORRIR!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cárceres

Queremos liberdade
e somos escravos de nós mesmos;
Lutamos contra o sistema,
mas seguimos seus ditames;
Vivemos presos ao passado,
aos preconceitos, às imposições sociais;
Acorrentamos nossa vida ao dinheiro,
ao status, ao lugar da moda;
Perdemos as alegrias,
pelo medo de arriscar,
de fazer diferente,
sair da rotina;
Cumprimos metas,
vestimos grifes,
temos estirpe,
compramos raça,
aparecemos na coluna social,
somos reconhecidos como celebridades,
deixamos heranças;
sem, contudo,
VIVER um só dia...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CARTA ABERTA À COMUNIDADE PELOTENSE



            São incontestáveis os diversos problemas que afetam a sociedade nos últimos tempos e esses desembocam, inegavelmente, na escola pública. Como resultado, além de baixo rendimento, temos a questão da violência escolar que acaba por afetar alunos, profissionais da educação e familiares.
            Para as questões centrais da problemática, não há soluções imediatas, porém, há medidas simples, as quais podem reduzir os danos causados a toda uma população que fica a mercê desta violência. Desta forma, os professores e funcionários do Colégio Estadual Dom João Braga, em busca de um ambiente mais tranquilo e saudável para o cumprimento de suas atribuições educacionais, vêm a público sugerir à sociedade que exijam de seus governos a tomada de algumas atitudes em prol da melhora geral deste quadro tão preocupante:
·         Redução do número de alunos por turma, em especial nas turmas de 5ª e 6ª séries/anos, o que possibilitaria um atendimento mais efetivo aos alunos, oportunizando maior qualidade no processo educativo;
·         Profissionais especializados: monitores, funcionários, professores, orientadores educacionais, psicólogos, em número adequado às necessidades da comunidade escolar;
·         Segurança – em especial nos horários de entrada e saída de todos os turnos – para coibir tanto as questões de violência, quanto a problemática causada pelo uso indevido de drogas, tráfico, roubos, assim como invasões de grupos estranhos ao ambiente escolar;
·         Trazer a público as ocorrências de desacato aos profissionais e violência sem motivo contra estudantes, em todas as instituições educacionais, a fim de criar laços de solidariedade e mostrar a realidade enfrentada nas escolas e ignorada pela maioria da população;
·         Realizar campanhas de desresponsabilização dos profissionais da educação por todos os problemas sociais. Vive-se um momento em que se tornou comum responsabilizar os educadores, não só pela violência, como pela gravidez precoce, uso indevido de drogas, entre outros aspectos;
·         Priorizar a escola em sua real função: preparar, formar o aluno no aspecto intelectual. O ensino de valores fundamentais à convivência social, educação mínima é dever da família e esta deve ser responsabilizada por suas tarefas, em vez de atribuir à instituição escolar obrigações que não são suas. Quando as famílias não tiverem condições de fazê-lo, o Estado deverá tomar para si a responsabilidade;
·         Órgãos responsáveis pelas instituições públicas de educação (SEs, CREs e SMEs) devem assumir a defesa e acompanhar sistematicamente os educadores, ouvindo-os e buscando apoiá-los em suas reivindicações, em especial no que se refere aos temas relacionados à disciplina e comportamento de alunos, bem como na satisfação das necessidades da instituição escolar com relação aos recursos humanos para seu funcionamento adequado;
·         Repúdio público às notícias veiculadas em todas as mídias populares que desrespeitam profissionais e instituições de ensino, contendo edições e opiniões particulares de profissionais que desconhecem a realidade vivida nas escolas, considerando-se que os veículos de informação devem noticiar os fatos com isenção e imparcialidade.
            Estas são apenas algumas atitudes que, se tomadas por todos, em pouco tempo reduziriam essas ocorrências que vêm aterrorizando gestores, professores, funcionários, pais e alunos das escolas públicas não só de nossa cidade como de todo o país que sofre com as desigualdades sociais, as quais desembocam, em grande parte, na violência escolar. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amizade tem dia?


Não curto essas lembranças e homenagens por um dia, pois faz com que nos demais fiquem esquecidas. No entanto, não deixarei passar em branco esta data para lembrar o quão importante é a união entre as pessoas com objetivos comuns.

Independente do motivo: se pertencemos à mesma família, se as afinidades nos aproximaram ou se dividimos nossos dias no trabalho. Importa que, em alguns momentos de nossas vidas, estamos lado a lado, por uma razão só. E, se aí nos encontramos, aproveitemos esta oportunidade para acrescentarmos algo bom à nossa vida e à do outro, de forma amorosa e fraterna.

É desnecessário que pensemos da mesma forma sempre, mas fundamental que respeitemos o pensamento do outro e o direito de expressá-lo. Primordial que saibamos abrir mão do individual, em prol do coletivo. Insubstituível a honestidade, a capacidade de reconhecer-se humano e, por este motivo, suscetível ao erro.

Acima de qualquer coisa, imensurável é a capacidade de perdoar, de pedir perdão, de deixar pra trás o que passou e seguir em frente, num novo caminho, mais alegre, mais feliz e harmônico. Que este não seja um exercício apenas para o 20 de julho, mas para todos os 365 dias do ano.

É um prazer ter tua presença no meu cotidiano!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PARADOXOS

São dias incomuns:
é um outono veronil;
uma nostalgia feliz;
um silêncio que não cala...

Nada externado,
tudo evidente...
uma inconstância segura
e um sorriso
que insiste  em surgir tranquilo...

Um ar de não sei o quê,
um brilho sem motivo,
uma aura de alegria...

Se ela existe,
não serei eu a questionar
seus porquês,
vou apenas vivê-la!!!

sábado, 19 de maio de 2012

FAXINA

São dias sem cor,
apesar do sol e
do céu azul...
São dias sem luz,
apesar da poesia
e da música...
São dias sem esperança,
embora os desafios propostos
e a guerra declarada...

É, cairia bem uma chuva forte,
para limpar a atmosfera,
lavar as ruas,
desinfetar as ideias...

sábado, 12 de maio de 2012

Inverno

Enquanto há sol,
existem sentimentos bons;
quando a noite cai,
o coração gela
e a saudade vem...

Mais tarde,
o frio chega,
resfriando emoções...

Na madrugada,
curam-se as dores,
no embalo do sono,
dos sonhos
e um novo dia chega...

Um outro sol
aquece os pensamentos
e esquecem-se as dores,
enquanto seus raios brilham...

Depois, o dia acaba,
o frio volta,
e tudo se repete...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Assombrações

Os dias passam,
pessoas vêm e vão,
tudo se desenrola,
à exceção deste nó
em meus pensamentos.

Ah, se possível fosse
aspirar todo o lixo pensado,
as perguntas irrespondíveis
e esses fantasmas dos sentimentos...

Eu dormiria
e
acordaria
mais
feliz!!!

sábado, 21 de abril de 2012

Vazio

Não dá para relacionar ao passado;
tampouco há projeções futuras...
Por um tempo, é o limbo e só...
Sem arrependimentos,
sem esperanças,
apenas um torpor intransponível...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Era uma vez....

Era uma vez um sonho,
uma pseudo realização...

Era uma vez um acreditar,
outra vez decepcionar...

Outra vez recuperar...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Educadora? Mãe? Mulher? Quem é você?

Entre a profissional e a “santa”,
Existem mil faces...
Com todo o peso das exigências sociais,
Ela sobrevive...
Mais que isso: transforma-se, multiplica-se!

Enfrenta os desafios da árdua tarefa
De ensinar, formar cidadãos
Nas precárias condições que lhe impõem
E vai além:
Encara as atrocidades do sistema,
Suporta e luta contra o assédio e a violência
Vinda dos tiranos um degrau acima...

Deixa o local de trabalho e a tarefa continua:
Administra os parcos recursos, educa a prole,
Exerce várias funções, além do trabalho levado para casa
Que lhe ocupará as madrugadas...

Ainda assim, este verdadeiro exército de mulheres obstinadas,
Vivem, vez ou outra,
Sacodem o cabelo, se põem bonitas
E vão ser gente,
mulheres de carne, osso e sensações por alguns instantes!

Estas são as guerreiras, as revolucionárias do século XXI,
Mulheres com grandes ideais,
Imensas responsabilidades
E toda a sua Humanidade,
Que chora, ri, sofre, luta, vive e é amor –
em seu maior significado!!!

Eunice Couto

domingo, 4 de março de 2012

Ruptura

E aquela velha vontade de se entregar,
deixar fluir sem travas,
enfim, encontra eco...

Quantas vezes,
o casulo dos sentimentos
foi impedido de se romper?

Pouco importa, agora!!!

Hoje posso estar, ser
e, também, expressar.

Esta foi a busca;
que venha a eternidade...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Instantes

E, por hoje,
o que era
independência,
virou tristeza;
o que era obstinação
é somente solidão...

Quero o calor
de um abraço,
o aconchego de um
carinho despretensioso,
um olhar com ternura...

Deletei o registro
da agenda do celular,
entretanto,
nem tão fácil apagar
o sonho gestado...

É, sou mais frágil que o esperado...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Gostares

Gosto de gente
que fala,
se mostra,
se expõe

Mas, não me venha
com meias-palavras,
muitas desculpas,
qualquer explicação

Conquiste-me
com a verdade
ou dane-se!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Alternância

Sou sentir
e fazer;
sou querer
e abandonar

Já não mais
me embrulho
pra me entregar,
mas disponho-me...

No entanto,
ao recolher-me
jamais haverá
outra vez
a disponibilizar...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Fora, hipocrisia!

Cansei das mentiras sempre repetidas,
das ilusões que tentam plantar,
da incapacidade de se entregar...

Cansei de não mais amar,
de viver como máquina,
da falta de autonomia...

Cansei daqueles que pensam que são,
dos que imaginam seduzir,
de quem subestima inteligências...

Não preciso dizer não, quando quero sim,
não preciso ignorar,
não quero mais mentiras...

Posso querer, desejar e,
quando merecer, amar...
sem contudo, idiotizar...

Posso, me entregar
sempre que quiser...
Nem por isso, sou "fácil"

Sou, sim, humana...
"nem santa, nem puta,
sou mulher", que ama,
sonha, deseja e realiza
quando e "se" quiser...

Xô! Sai fora hipocrisia!
Os meus e os teus direitos,
e deveres, são os mesmos...

Então, o que vale é
SER FELIZ,
enquanto possível...

E,
eu quero, SIM,
sair do rumo,
perder a razão,
que me tire do chão
pra poder sonhar...