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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ano Novo

Independente do número, importante é ser feliz,
é recomeçar todo dia,
é deixar o que não é legal,
é buscar ser feliz, nas pequenas, médias e grandes coisas diárias...

No entanto, se necessário é, haver datas especiais,
façamos uso delas e renovemos,
no rumo da alegria de viver e
vivamos a vida que temos,
em busca daquela que desejamos...

Feliz Ano novo, Vida Nova pra todos nós, diariamente...

sábado, 27 de dezembro de 2008

ANONOVO, VIDANOVA - Previsões para 2009

ASTROLOGIA

Seu signo é TOURO
A insegurança que reina no campo financeiro poderá deixá-lo particularmente preocupado especialmente nos primeiros meses do ano. No entanto você tende a se firmar profissionalmente especialmente após seu aniversário e não sofrerá maiores ameaças à sua estabilidade. A vida afetiva, instável nos primeiros meses, também tende a se estabilizar ao longo do ano, porém tudo dependerá de seu esforço pessoal.
RUNAS
BERKANOAno de evolução nos negócios e no amor. Fase de fertilidade (deusolivre!) e amadurecimento. Verbo: Eu frutifico Meu lema: crescimento
NUMEROLOGIA
Seu número para o ano é 6
6. Neste ano os interesses estarão voltados para o lar e a comunidade; enfrentará muitas responsabilidades e deveres domésticos, excepcional para compra de casa, resgate de dividas bem como poderá fazer com que seus devedores a paguem, existe uma tendência a estabilidade. Portanto neste ano a vida familiar será feliz, a situação se revelará próspera. Favorável para casamento.
TARÔ
Ano de realização nas atividades já iniciadas. Os trabalhos rotineiros exigirão maior tolerância. Possibilidade de nascimento de um filho ou filha (+ 1, SÓ SE FOR CASTIGO). Domine a ansiedade que tenderá tomar conta da situação provocando dispersão. Na saúde: maior atenção com maxilares. No amor seja sincero, cultive a espontaneidade. Usar uma Esmeralda como talismã para gerar facilidade na prosperidade e despertar dons.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

DA SÉRIE: SEMPRE PENSEI MAS NÃO ESCREVI...

Mulheres Possíveis

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!E, entre uma coisa e outra, leio livros.Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.Primeiro: a dizer NÃO.Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulher.E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.É ter tempo.Tempo para fazer nada.Tempo para fazer tudo.Tempo para dançar sozinha na sala.Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.Tempo para sumir dois dias com seu amor.Três dias.Cinco dias!Tempo para uma massagem.Tempo para ver a novela.Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.Tempo para fazer um trabalho voluntário.Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.Tempo para conhecer outras pessoas.Voltar a estudar.Para engravidar.Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.Existir, a que será que se destina?Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.A mulher moderna anda muito antiga.Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.Desacelerar tem um custo.Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

mas poderia ser: Eunice Couto - professora, mãe, filha, mulher, gente.......

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Ode à Hipocrisia

Odeio este tal de natal...

época em que os princípios são esquecidos em nome
da hipocrisia, do consumismo e da falsa idéia de bondade

tudo é motivo para emocionar,
embora, nos outros onze meses do ano
ninguém se preocupe com o bem-estar de
qualquer outro que não o próprio

toda esta falsidade, hipocrisia e consumismo exacerbado
deterioram minha sanidade

Odeio falsidade!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Eis-me aqui...

E não é que assim, do nada, dei-me conta que existia?
Ainda não sei dizer se isto é bom ou ruim, mas aconteceu...
E eu, que era tão forte, tão dedicada apenas às coisas maiores, repentinamente, lembrei-me de mim mesma, de sentimentos, de esperanças, de sonhos... coisas tolas, mas que estão aqui a perturbar...
Não sei se é efeito do cansaço de fim-de-ano, dos rumos um tanto diferentes que tenho tomado, das notícias recebidas nas últimas semanas, da falta de atividade política, quem sabe da homeopatia?
Sei que já não me reconheço...
Quero minha força novamente, minha objetividade, e nada de sentimentalismos piegas...
Pára lá, mulher! Já não és mais aquela garotinha. Retoma o juízo e continua a ser livre e feliz... o resto é surreal, e tu bem sabes......

sábado, 13 de dezembro de 2008

Da série: Sempre pensei mas não escrevi...

Sábado, 13 de Dezembro de 2008

Do blog do Andre Lux...

Por que a Classe Média é tão burra?

Vira e mexe essas perguntas vêm à tona em discussões entre amigos: qual o problema com o pessoal da classe média, por que são tão burros e insistem em apoiar políticos que só querem tomar o poder para beneficiar meia dúzia de amigos bem nascidos e seus familiares inescrupulosos?Um parêntese: esse tipo de político, que disfarça cinicamente suas verdadeiras intenções mesquinhas com um discurso moralista e conservador, está melhor representado hoje no Brasil em partidos como o PSDB e o DEMo (ex-PFL). Mas isso pode mudar a qualquer hora...Para mim, a resposta é óbvia: a turma da Classe Média não tem "consciência de classe". Não precisa ler as obras do Marx para enteder o que isso quer dizer. É fácil. Converse com uma pessoa pobre, à beira da miséria. Ela sabe que é pobre, não tem ilusões sobre a sua condição social. Pode ser que não faça nada para mudar isso e passe seu tempo dentro de uma igreja, onde é invariavalmente ensinada a se conformar com sua situação com frases do tipo "a pobreza é sua cruz e vai te garantir um lugar nos céus", ou vendo novelas da Globo. Porém, essa pessoa tem consciência de classe.A mesma coisa vale para os podres de rico. E aqui estou falando dos Antônio Ermírios, dos Daniel Dantas da vida, sujeitos que tem mansões (no Brasil e no exterior), fazendas, iates, helicópteros, aviões carros importados, ilhas, etc, etc - ou seja, um tipo de gente que pobres mortais como eu e você só vemos no cinema ou na capa da revista Exame. Esses caras têm cosciência de classe, podem ter certeza! É só ver como adoram ver os outros (pobres e remediados) seguindo as Leis e os códigos morais que seus lacaios inventam e disseminam para controlá-los, ao mesmo tempo que infringem todos eles...E é no meio disso que se encontra a tal Classe Média, que no Brasil se subdivide em três tipos:1) Classe Média Alta - sabe aqueles tipinhos que trabalham como escravos num alto cargo de multinacional para manter uma casa de dois andares num condomínio fechado, três carros de luxo na garagem, um apê no Guaruja, paga alta mesada para aos filhos e centenas de plásticas à esposa perua(para não encherem o saco) - e ainda assim se acha membro da "raça superior" só porque, um dia na festa de fim de ano, o dono da empresa deu um tapinha nas costas dele? Pois é, o próprio...2) Classe Média Média - tem um nível de vida razoável, algum conforto, um apêzinho de três quartos na periferia, carrinho popular zero (com prestações a perder de vista), educa os filhos em colégios elitizados e vive no limite do cheque especial para manter isso. É o tipo que trabalha hoje para pagar as contas amanhã. Esse tipo eu conheço bem, pois fui criado como um deles pelo menos até os meus 18 anos (saiba como consegui obter, às duras penas, minha "consciência de classe" lendo meus relatos "Eu Também Já Fui Papagaio da Direita" e "Como Comecei a Ver e Sentir a Matrix")3) Classe Média Baixa - resumidamente, são aqueles que trabalham hoje para pagar as contas de ontem, mas mesmo assim ainda são capazes de morar numa casinha bonitinha, ter um carrrinho mais ou menos novo e dar um mínimo de conforto e educação aos filhos (de preferência em escolas estaduais gratuitas).Então, entre os pobres que mal conseguem se manter vivos e os podres de ricos que acham divertido pagar R$ 7.000 num sapato na Daslu, estão os pobres coitados da Classe Média. Espremidos entre a miséria total e a riqueza absoluta, vivem sonhando que um dia vão "chegar lá" no topo da pirâmide e virar um "chapa" do Antônio Ermírio. E para isso, deliram, basta trabalharem bastante, serem bonzinhos, não questionarem as regras e, acima de tudo, defenderem os interesses daqueles chiques e famosos - afinal de contas, são seus próprios interesses já que um dia eles mesmo poderão também estar lá em cima comprando suas ilhas particulares, não é mesmo?Essa foi, na minha opinião singela, a grande "sacada" dos podres de ricos: convencer os boçais da Classe Média, por meio de seus aparatos midiáticos (cinema, televisão, jornais, revistas, etc) de que eles estão mesmo bem mais próximos do topo da pirâmide do que da base e que para chegar lá em cima não é difícil, basta ter esforço e dedicação... É aquela velha piada do cara sentando em cima do trabalhador com uma cenoura na ponta de uma vara de pescar - o de baixo vai sair correndo para tentar pegar a cenoura, enquanto carrega o outro nas costas sem nunca coseguir alcançar seu "prêmio".Se a turma da Classe Média tivésse a mínima consciência de classe, estaria sempre ao lado dos pobres e miseráveis lutando por melhor distribuição de renda, respeito aos direitos humanos e por Justiça social. E não faria isso por altruísmo ou caridade, mas sim por necessidade, para garantir sua própria sobrevivência e um futuro melhor para seus filhos.O motivo para isso é óbvio, não? Quanto menos pobreza e injustiças existirem no mundo e quanto menor for o abismo que separa as classes sociais, menos chance de perder tudo e viver na miséria as pessoas vão ter. Assim, ao invés de ficarem agarrados desesperadamente ao pouco que tem - e por isso serem presa fácil do discurso cínico dos "conservadores" - a Classe Média vai poder viver em paz, sem medo do amanhã e sem ódio dos que ousam ter consciência de classe e lutam por um mundo melhor para todos.

Créditos: Andre Lux

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Da série: Sempre pensei mas não escrevi...


Eu tenho um sonho

05/12/2008 - por Daniel Ribeiro

Os professores finalizaram mais uma greve. Foi a minha primeira greve. Sei que assim como muitas outras que já aconteceram, muitas outras ainda acontecerão. Faz parte da história da luta eterna dos professores em defesa da educação, do respeito pela sua profissão e também pelo pão de cada dia.
Foi uma greve inédita, num período de risco: o final do ano letivo. E mais, junto a uma data de significado especial: a Semana Nacional da Consciência Negra, em referência à memória da resistência negra de Zumbi dos Palmares. Lembrei-me, por esta conta, das palavras de Martin Luther King, ditas há 45 anos, chamando uma nação inteira para uma reflexão sobre a injustiça da discriminação sofrida pelos negros nos Estados Unidos.
Em seu famoso discurso proferido em Washington, em 1963, o líder negro americano eternizou uma afirmação que usou para denunciar o sofrimento da população negra. "I have a dream" (Eu tenho um sonho). Como professor eu também tenho um sonho. Um sonho, que por certo, milhares de professores na ativa ou aposentados, também acalentam. Sim, cada vez mais ser professor parece oficio de idealistas, sonhadores, loucos.
Eu tenho um sonho de um tempo em não se farão mais greves, mobilizações, passeatas, protestos em defesa da educação e do futuro de alunos e da categoria. Pois os governos que elegemos trabalharam diuturnamente por isso, junto com o povo.
Eu tenho um sonho de que haverá ainda muita mobilização e passeata de professores, alunos, pais, da sociedade, mas elas serão sempre em solidariedade para ajudar as pessoas afetadas por calamidades naturais ou por outras necessidades adversas da vida.
Eu tenho um sonho de que os professores que lapidam com conhecimento aqueles que transformarão o futuro serão tratados com dignidade pelo imenso valor que tem para uma nação que se quer desenvolvida, forte e mais justa.
Tenho um sonho de que os professores receberão uma remuneração que lhes permita o sustento e a garantia de continuamente aperfeiçoarem seus conhecimentos transformando aulas em atividades lúdicas de prazeroso aprendizado para seus alunos.
Eu tenho um sonho de que um povo com mais escolaridade, educação, não se deixará lograr por políticos e governantes como estes que ai estão, que chegaram ao poder com uma lábia falaciosa, falsa, demagoga.
Eu tenho um sonho de que nossos governantes não nos trairão e que nossos deputados, senadores, vereadores saíram de seus gabinetes refrigerados e caminharão nas ruas de braços dados com os trabalhadores, com o povo que os elegeu.
Eu tenho um sonho que um dia iniciaremos ano letivo em escolas estruturadas, com salas com alunos suficientes para se dar uma aula da melhor qualidade.
Eu tenho um sonho que teremos material didático sem precisar fazer festinhas, bingo, almoços e outros artifícios para arrecadar recursos para manter o mínimo de dignidade nas nossas escolas.
Eu tenho um sonho de que os pais participarão mais da vida escolar dos seus filhos. Que estarão mais presentes nas escolas como ativos atores, para juntos defenderem uma escola de qualidade, democrática, pública e laica.
Eu tenho um sonho de que todos os professores serão respeitados e também sempre respeitarão seus alunos.
Tenho o sonho de receber dos meus alunos um abraço agradecido de reconhecimento e carinho, por ter por eles resistido, insistido e amado.
Sei que não sonho sozinho, por isso, é um sonho possível. Somos muitos, milhares que assim sonham. São muitos, milhares que continuaram lutando como muitos já lutaram e, como muitos ainda lutarão. É um sonho, pela dignidade do oficio de professor, de ensinante e de aprendiz que todos sempre somos. Yedas, Marizas passam, os professores são para sempre.
Daniel Ribeiro é professor de Filosofia

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Tudo o que eu queria dizer, mas não consegui organizar



Greve: ações coletivas e decisões individuais

01/12/2008 - por Paulo Ricardo Tavares da Silveira
Tomar decisões individuais fora do coletivo é alimentar a lógica do poder
O ato de escrever não é meramente exibicionista, isto é muito pouco para significar uma atitude pensada e reflexiva. Para quem escreve com "sangue", como diz Nietzsche, é muito mais uma tentativa de acalmar o espírito, de colocar em ordem idéias que volta e meia aparecem em nossa mente durante o dia. É assim que esta questão da greve do magistério estadual vem tomando de assalto meus pensamentos. Estou lendo um livro de Zigmunt Bauman, "Modernidade líquida", onde ele faz um contraponto entre "escolhas individuais" e "ações coletivas". O sociólogo polonês me inspirou a escrever estas linhas.
O dicionário Houaiss diz que greve é a "cessação voluntária e coletiva do trabalho, decidida por assalariados para obtenção de benefícios materiais e/ou sociais, como melhoria das condições de trabalho, direitos trabalhistas, etc, ou ainda para se garantirem as conquistas adquiridas que, porventura, estejam ameaçadas de supressão". Quem observa hoje (que não é só de hoje) a situação do magistério, a greve parece ser o antídoto ideal.
Para que uma greve exerça o seu papel ela precisa ter poder de gerar um impasse, um enfrentamento de forças opostas. Então o Governo declarar que a greve do magistério foi num momento impróprio é desconhecer o funcionamento deste mecanismo social. Ao se sentirem ameaçados em suas conquistas os professores entram em greve. Algumas escolas 100% de aderência. Uns por uma consciência coletiva, cientes das conquistas da categoria, outros nem tão conscientes assim. No outro extremo, outras escolas fazem de conta que nada está acontecendo. E ainda fazem questão de se expor na imprensa, como se fizessem parte de outra categoria profissional, talvez mais privilegiada do que aquela dos grevistas.
No meio destas duas posições estão aqueles que fazem de conta que descobriram "a" verdade e tomam decisões individuais, sem nenhuma justificativa plausível. Ação coletiva como uma greve reforça a categoria, gera politização profissional, aproxima os colegas, mostra que o professor não tem apenas conteúdos a ensinar, e sim atitudes. Considerar as decisões das assembléias da categoria é o mínimo que se espera de um professor que acredita nos mecanismos da democracia.
Porém, sempre tem um porém, não existem apenas ações coletivas, e sim também decisões individuais. Enquanto o Sindicato dos Professores tenta um diálogo em nome da categoria, a governadora responde com um ataque pessoal no bolso do professor. Acredito que nem Maquiavel tinha cogitado isso. Para uma ação coletiva se contra-ataca com uma decisão que afeta covardemente cada professor individualmente. É assim que entendemos esta volta dos professores as suas atividades. E é isto que a governadora espera, que estas pequenas decisões individuais minem as ações coletivas.
Tomar decisões individuais fora do coletivo é alimentar a lógica do poder instituído. Estas atitudes colocam professor contra professor, direção contra professor e professor contra direção de escola. Respeitar a dimensão coletiva da categoria é sinal de maturidade intelectual e pessoal. Da parte dos professores, aqueles que entraram em greve por uma mera decisão individual, saem da greve também por uma mera decisão individual.
O que não se diz é que as grandes conquistas individuais que a humanidade alcançou foram todas conquistas coletivas, que cobraram sacrifícios. Assim, tomar decisões individuais desconectadas de ações coletivas é no mínimo desconhecer a sociedade em que vivemos. E quem não conhece em que tempo vive deixará muito pouco para seus filhos, netos, bisnetos...

Paulo Ricardo Tavares da Silveira é professor de filosofia* Artigo publicado no Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul

domingo, 30 de novembro de 2008

Sem Razão


E de repente tudo perde a graça...
E não há, de imediato, nada a fazer...
E um vazio toma conta...
Cadê adrenalina?
Cadê ideologias?
Só me resta voltar à vida pacata e sem graça...
Aquele marasmo de todo dia, fazer sempre as mesmas coisas...


O que fazer?
O que dizer?
O que defender?


Que tédio!!!

Preciso de atividade.
Preciso de desafios.
Preciso de encantamento...

Vejo, então, que está em falta um motivo para lutar...

E, sem luta, não há vida...

Então, adormecerei até que novos desafios venham me acordar...

Para voltar a

Fazer,
Dizer,
Defender...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

De professor para professor


Enfim, chegamos a mais um 15 de outubro.
Dizem que este é o Dia do Professor. E, algum de nós talvez pense: Foi dia de comemoração, quando era aluna(o). Hoje não há mais o que comemorar. Vou vibrar com as salas lotadas? Com a falta de respeito e valorização? Com o salário hiper-defasado?
Então, lhe digo: É dia para comemorar, sim! Afinal escolhemos esta profissão e agora não é momento de fraquejarmos. Sabemos todos o quão difícil tem sido manter-nos em pé, trabalhando com a força e a coragem... e aquele amor de quem faz o que gosta.
Assim, queridos colegas, conclamo a todos para arregaçarmos as mangas mais uma vez e lutarmos. É hora de empunharmos nossa bandeira, como os profissionais que somos. Afinal, escolhemos a profissão, não nos acovardarmos diante de qualquer desafio e continuaremos a batalha. Sabemos que jamais algum governo deu-nos qualquer coisa. Todas as nossas vantagens, Plano de Carreira, reajustes, tudo foi conquistado com muita luta. E assim continuaremos: LUTANDO!
Queremos justiça social e valorização profissional por duas questões básicas:
1- estudamos tanto quanto os médicos, engenheiros, arquitetos, advogados, odontólogos, enfim, qualquer profissional de nível superior;
2- nenhum outro profissional existe sem antes alguém o ensinar, ou seja, sem ter ao menos um PROFESSOR.

Mais uma vez, o governo e sua secretaria de educação querem destruir o ensino público de qualidade. Mas nós estamos em maior número, levamos a sério aquele juramento da nossa colação de grau, contamos com uma organização sindical séria e de luta pela categoria, queremos reconhecimento pelo trabalho que fazemos, buscamos valorização profissional e salarial. Por isso, não desistimos. Vamos lá! Coragem! É DIA DO PROFESSOR! E vamos comemorar com a certeza de que cumprimos a nossa missão de ensinar, buscamos aperfeiçoamento e fazemos da nossa escola um prolongamento do lar, assim como desejamos aos nossos alunos o mesmo que aos nossos filhos.

“Avante educadores de fé,
unidos pela educação.