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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ugeirm lembra: Yeda processa servidores e é testemunha de defesa de Flávio Vaz Netto

O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), divulgou nota defendendo a campanha de outdoors promovida por sindicatos de servidores públicos do Estado, que o governo Yeda pretende censurar.“Há um monte de outdoors do déficit zero nas estradas do litoral. O déficit zero é uma mentira que envolveu o corte no custeio de serviços essenciais, como o da Polícia Civil. Nós tivemos um recorde de mais de 1,5 mil homicídios em 2008. Seguimos com mais de 1,5 milhão de inquéritos parados. Cortes na educação e na saúde também repercutem no balcão das delegacias. A maior vítima de Yeda é a sociedade e a campanha dos servidores está denunciando isso”, diz o segundo vice-presidente da Ugeirm, Luiz Felipe Teixeira.A nota observa que o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, afirma que esse é um governo transparente. “Deve ser por isso que a primeira secretária de Transparência, criada após o escândalo do Detran, pediu para sair, acusando o governo de tratar a corrupção com lassidão”. Diante da ameaça de processo e da tentativa de censura, o Ugeirm responde:“O que temos a dizer? Vá processar o Busatto, Yeda, por ele propor o que propôs ao vice-governador Paulo Feijó. Mas Yeda não processa nem o Antônio Maciel, que a chamou de “safada” em áudio ouvido por todos os gaúchos. A gente sabe que não pode contar com a defesa de Yeda nessa história. Como bem sabe a Justiça Federal, Yeda é testemunha de defesa de Flávio Vaz Netto, outro denunciado por corrupção. Foi ele que a ameaçou durante depoimento prestado à CPI do Detran, pois sentia-se traído pela governadora. E a gente sabe também que o coronel Paulo Mendes, depois de exitosamente articular com outro denunciado para se tornar comandante da BM, subiu de posto e se tornou juiz de um tribunal que custa 25 milhões de reais por ano – e que deveria ser fechado. No mais, por que Yeda fritou Mallmann? Não fomos nós que inventamos a história de que Yeda ficou magoada por ele não fazer tráfico de informações privilegiadas da Operação Rodin".O governo também se queixa do autoritarismo que as peças publicitárias denunciam, alegando que a honra e a dignidade de Yeda estariam sendo atingidas. O sindicato dos policiais civis pergunta:“Por que Yeda fritou o delegado Pedro Rodrigues na Chefia de Polícia? Segundo a imprensa, tem a ver com a resistência dele em encaminhar nomes para a degola. Depois, Pedro Rodrigues reuniu informações oficiais e comprováveis para que os dias descontados fossem ressarcidos. Há, pois, prova de fraude na efetividade de centenas de policiais. O que o governo transparente fez? Sentou-se sobre o SPI 50871204084 desde o dia 4 de dezembro”.E sobre o tema da mentira, observa:“Ah, Yeda também não mente. No dia 17 de janeiro, a governadora prometeu, durante audiência com a Ugeirm, encaminhar a demanda de nossa aposentadoria. Apenas três Estados constrangem nosso direito e ela já escreveu e assinou, quando era deputada, respeito à regra 20 + 10 (lei 51/85). Daí, nada aconteceu. Alguém mentiu nessa história, mas deixou as digitais. O secretário José Alberto Wenzel também pode explicar por que o secretário Edson Goularte mentiu no dia 3 de dezembro de 2008, ao anunciar a publicação das promoções? Pode, sim. A lista, afinal, está na Casa Civil. No mais, não fomos nós que fizemos campanha prometendo não aumentar impostos”.

Créditos: Marco Aurélio Weissheimer
Publicado em http://www.turcoluis.blogspot.com/

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